World Press Photo 2025
O concurso de fotojornalismo mais prestigiado da atualidade, sem dúvida, é o World Press Photo. Destinado à profissionais do fotojornalismo, reconhece anualmente as principais narrativas visuais da atualidade e fotografias individuais icônicas amplamente veiculadas na história recente.
Em cartaz até 28 de setembro em São Paulo e 05 de outubro em Brasília, passando depois por Curitiba e Salvador (veja aqui o calendário para outros países), a exposição World Press Photo 2025 mostra algumas das principais fotografias e histórias fotográficas documentais publicadas no ano passado.
Comemorando seu septuagésimo aniversário, a edição de 2025, bem como as anteriores, dá destaque aos grandes temas socioambientais dos últimos dois séculos: genocídios, guerras, migrações, exploração insustentável da Terra e mudanças climáticas. Portanto, não é uma exposição leve ou que permita ignorar as mazelas humanas e ambientais que vêm acontecendo ao redor do globo.
Jaidë – Santiago Mesa (Colômbia)
A versão brasileira da exposição coloca lado a lado os dois principais eventos climáticos extremos de 2024. Concomitantemente à uma seca histórica na região Amazônica, pela primeira vez precedida por outro ano muito seco desde que há registros, houve um período de chuvas muito intensas no sul do país que desabrigou milhares de pessoas.
Secas na Amazônia – Musuk Nolte (México)
As piores enchentes do Brasil – Amanda Perobelli (Brasil)
Além de relembrar o caos que as secas e chuvas extremas causaram no norte e sul do país em 2024, também revela grandes questões mundo afora, como os quatro ciclones que assolaram as Filipinas em apenas 12 dias entre outubro e novembro de 2024, e a guerra civil em Mianmar.
Uma nação em conflito – Ye Aung Thu (Mianmar)
Com 42 fotografias premiadas, a exposição proporciona uma experiência mista de contemplação e inquietação, a partir de uma seleta mostra consagrada do fotojornalismo contemporâneo. Diferentemente das exposições anteriores relatadas no blog, o objetivo da World Press Photo 2025 não é simplesmente mostrar o belo, mas o intrigante, a partir de fotografias extremamente bem executadas em todos os aspectos formais. Afinal, esse é o grande desafio do fotojornalismo.
Aeronave em pista inundada – Anselmo Cunha (Brasil)